Permanece amor

Amar; ser amado. Rir; sorrir. Sentir; fazer sentir. Permitir; permitir-se.
Reciprocidade é a palavra.
Mas como? A distância entre nós estava totalmente fora de cogitação nesse caso. Sempre achei um absurdo, total descaso.
Caos. Caos é o que você causa. Eu que sempre fui apta em ter tudo sob controle. No meu controle. Mas ultimamente, andava sentindo falta de toda a bagunça que você causa em mim. Já havia me acostumado.
Olha, é difícil. Como é difícil. Não saber como agir; se agir. É complicado, é duro, é foda.
É falta, dor, saudade e mais falta. Como preencher esse vazio? Fotos e pequenas lembranças deveriam ajustar esses pequenos vazios na mesma intensidade em que são belas. E como são belas.
E por falar em lembranças? As nossas são minhas favoritas. As tardes que, junto a ti, se tornavam imensas. Os sorrisos recíprocos que foram os mais sinceros que pude abrir. O frio na barriga que sempre foi intenso ao teu lado. Nada me fazia sentir-se assim a não ser a leitura de um bom livro de suspense. E olha, que falta.
Saudade. Saudade resume muita coisa, talvez tudo que sobrou.
Saudade é pra ser sentida, não dizem que, o sofrer vem na mesma proporção do amor? “Pouco amor; pouco sofrimento. Muito amor; muito sofrimento. Nenhum amor; nenhum sofrimento.” E pude crer que sim, real.
Sempre fui apta em relembrar que, amor é não é um sentimento, mas sim, uma escolha. E olha, essa foi a coisa mais bela que eu aprendi com o tempo.
A escolha de ter-te; amar-te; sentir-te; permitir-se ao “nós”; ao “nosso”. É amor.
Não foi amor. Não era amor. É amor, permanece amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário