Ouriço


"É essa mania minha
de olhar pro céu,
com a cabeça ao léu,
voando sem asa.
Vez ou outra esbarro
nos móveis da casa
E outra vez tropeço
nos próprios caminhos."


Caminhos esses que não se cruzam nunca. Quando vamos nos permitir sermos um do outro? Olhando pro céu com o pensamento lá em você. Faço de cada estrela uma memória nossa e eternizo os momentos em constelações.
Quanto aos teus espinhos, faço deles flores para preencher o jardim do meu coração. Meu amor é todo teu.
Tem dias que a solidão me desnorteia e, no meio da casa, fico imaginando como seria se estivesses comigo. Que audácia tu tens de simplesmente ir.
Em alguns dias a tristeza pousa em meu ombro como uma borboleta em dias ensolarados, iguais aqueles que passávamos juntos e o amor nos consumia por igual. Que covardia essa essa tua de ser tão injusto conosco. Como fostes capaz de abandonar nosso amor da mesma forma em que os pássaros abandonam seus ninhos na troca de estação?
Tropeça no teu orgulho e cai nos meus braços. Transforma esse teu mar de incertezas em caminho de esperança. Vem colorir meus dias cinzas com as cores do teu sorriso.
Tu é rosa que floresce na tempestade do meu coração. Que descuido meu pisar nos teus espinhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário